A exploração de gás natural na Bacia do Parnaíba, no Sul do Piauí, traz preocupação aos gestores, estudiosos e comunidades dos municípios da região. As discussões giram em torno dos possíveis impactos ambientais que a atividade poderá trazer, como a contaminação do solo e água.

Segundo o secretário estadual de meio ambiente, Ziza Carvalho, estudos vêm sendo realizados pelos auditores ambientais da secretaria para avaliar os possíveis riscos da exploração. Ele adiantou que as técnicas a serem utilizadas na exploração são as convencionais, realizadas em todo país desde a década de 40, sem impactos relevantes ao meio ambiente.

"Todo empreendimento, principalmente um de prospecção de gás e petróleo como esse, causam impactos negativos, bem como positivos para a comunidade. A técnica utilizada no licenciamento e que está sendo analisada pela Secretaria de Meio Ambiente é a técnica convencional. Aqui mesmo, no estado vizinho do Maranhão, temos essa mesma exploração de gás natural há cinco anos, com a mesma técnica, sem qualquer impacto ao meio ambiente", disse.

O secretário ainda informou que a grande preocupação da população era a possível utilização da técnica de exploração fracking, na qual são necessárias explosões e a injeção de água misturada com produtos químicos para a liberação do gás, podendo ocasionar vazamentos e a contaminação do solo e lençóis freáticos.

Segundo Ziza, esse tipo de técnica não foi licitada e não há possiblidades de sua realização da exploração de gás no Piauí. Ele disse ainda, que todo o processo está em análise e que, os auditores ambientais da Sema, tem toda a autonomia para indeferir qualquer tipo de ação irregular no licenciamento.

Na última quinta-feira (16), foi realizada em Floriano, no Sul do estado, uma audiência com representantes dos munícipios da Bacia do Parnaíba, Semar, estudantes e da empresa vencedora da licitação, a Ouro Preto Óleo e Gás. Na oportunidade, foram discutidos os impactos da exploração na região, bem como o ganho econômico para os municípios.

A licitação para exploração de gás natural no Piauí foi realizada em 2013, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que deu a Ouro Preto Óleo e Gás o direito de explorar três blocos na Bacia do Parnaíba.

fonte:G1piaui